quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Instabilidade persiste e ações continuam a melhor aplicação

Como diferenciar este momento de crises anteriores ? Não sei ao certo. Para falar a verdade, nem sei se isto é relevante. Este tipo de conforto de uma sabedoria que não existe deixa as pessoas mais calmas. Apesar de ser inócuo em termos práticos. Quase uma auto-ajuda leva ao extremo, pois não terá efeito prático nenhum.

É importante entender o nível de preço dos ativos e comparar com a capacidade de geração de caixa e lucratividade. Estes parâmetros são mais confiáveis do que simplesmente analisar preços... que só caem.

Ativos baratos sempre existem. Como diferenciar ativos que sempre serão baratos, e caíram porque estavam caros, de bons ativos que estão a preços de banana ? Pelas métricas de análise empresarial e fundamentalista.

Sinceramente não vejo outra forma de termos certeza se nosso portfolio de investimentos terá um retorno medíocre, mediano ou fantástico em um horizonte de 5 anos sem usar esta métrica.

Já disse em outro post que acho que a economia vai mudar e com esta mudança, novas premissas vão surgir com relação à setores importantes e mesmo a países foco de investimentos. O que não vai mudar é como saber se uma empresa está barata.

Nesta instabilidade, a única certeza que tenho é que investir em ações e em empresas lucrativas e com bons fundamentos é a única coisa que pode nos salvar de perder o capital que ganhamos nos anos anteriores.

Mas e o CDI ?

Nem ele, visto que é uma taxa fixa e como a inflação tende a subir, o juro real tende a ser corroído, ao passo que estando investido nas empresas, esta inflação será repassada aos preços de produtos e serviços e por isto, os resultados das empresas serão meio que indexados. Na incerteza, aplica-se em produção, geração de caixa e boa gestão empresarial.

O resto é balela de consultor. É engraçado como que para a maioria das pessoas esta crise ao invés de aumentar o volume de investimentos em ações, faz as pessoas sacarem tudo e ir para renda fixa. Além de assumirem a perda toda na cabeça, vão colocar o dinheiro em algo que não vai render nada nos próximos anos.

Os investidores não são racionais. O ser humano não é racional.

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