domingo, 5 de dezembro de 2010

Pessoas que não aprendem

É chato dizer isto, mas fico muito de mal humor com gente que é incapaz de aprender. E não aprender no sentido puramente educacional da palavra mas em seu mais amplo e genérico sentido: aprender com o dia a dia, com as coisas que dão certo, com as que dão errado e com as experiências de outras pessoas que vivem em nosso redor.

Não sei exatamente o que dispara este tipo de trava mental, onde tendo todas as variáveis definidas sabendo o que provavelmente vai acontecer, certas pessoas decidem ir pelo outro caminho, o de menor probabilidade de dar certo, e que invariavelmente gerara frustração.

Mandar seu filho em um final de semana com a avó, sabendo como ela é e sabendo que no domingo ela vai para um curso de cavala as 6:30 da manha e o menino vai ter que ficar brincando com um outro menino que nunca viu na vida, é muito provavelmente um erro. Por que se expor a ele ?

Ir, no mês do Natal, domingo ao meio dia no Leroy Merlin também. A chance de estar absolutamente abarrotado de gente, sem lugar para parar o carro e com filas nos caixas de 1 hora, é muito maior do que a chance de estar vazio, tranquilo e com a possibilidade de sairmos de lá rapidamente.

Este tipo de raciocínio, se levarmos ao extremo, pode tornar nossa vida muito melhor, pois não é uma questão de assumir mais ou menos risco, mas de ter uma vida mais ou menos tranqüila, sem mal humor e sem encheção de saco de coisas que definitivamente não dependem da gente.

A falta de controle da nossa própria vida e do que queremos ou não fazer, passam pela nossa capacidade de antever problemas e tomar atitudes para evitá-los ou mesmo eliminá-los do caminho. Se a cada novo dia é como se fosse uma nova experiência, sem histórico, sem aprendizado, a cada passo para frente damos dois para trás e pior, podendo levar um monte de gente infeliz conosco.

Claro que pessoas que tendem a pensar em todos os problemas potenciais que dada situação pode gerar tendem a ser um porre afinal, sobre qualquer nova situação existe um histórico, uma estatística que pode comprometer o evento. No limite, alguém que pensa em tudo tende a ser um cara que não assumi nenhum risoc, pois conhece todos, ou seja, um atuário chatérrimo.

O que vale pensar então é moderar o uso da estatística com o uso do bom senso. Algo que não se aprende na escola e muito menos em casa.

O bom senso tem um valor incomensurável na vida das pessoas pois evita justamente que tempo de vida seja gasto sem precisar. No final, como tempo é um ativo limitado, sua economia gera sobra  para outras coisas mais importantes como fiar mais tempo com a família, conversar com seus amigos e pensar na vida. Algo que ultimamente parece que saiu de moda. Pensar na vida, nas coisas que se faz e nas decisões que se toma.

Este é um assunto longo o bastante para quase escrever um livro, mas vale uma relfexao quando através de pequenas paradas estratégicas em algumas decisões, conseguimos ter uma chance de sucesso as vezes 10x melhor .

Não dá para saber ao certo isto, eu sei, afinal cada decisão gera uma árvore de decisões e caminhos completamente novos; mas a experiência em se tomar decisões, se posicionar e decidir conscientemente os melhores caminhos e algo que tenho certeza, leva a iluminação extrema.


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