sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal ! Mais um …

E como passa. Estamos no final deste ano de 2010 e cá estou eu escrevendo no meu blog como foi meu ano, de novo. Tenho 37 anos. Isto mesmo, meu amigo, 37 ! Não posso mais me considerar um jovem na sua flor da idade. Estou realmente envelhecendo e já tenho idade de pai.

Para falar a verdade já tenho 2 filhos. Sou pai. Lembro-me quando tinha 6 anos e ganhei minha primeira bicicleta Caloi dobrável vermelha. Fiquei andando no quintal de casa sem parar, no meio das pessoas. Os anos passaram e hoje vejo meu filho de 6 anos, que certamente vai lembrar de tudo que está acontecendo com ele, da mesma forma que eu me lembro.

Agora não sou só eu neste mundo. Tenho duas pessoas para tomar conta e proteger. Mais do que isto, preciso ensinar a não serem massacrados por este mundo frio e de pessoas más. Preciso dar segurança para eles serem quem quiserem ser, sem terem que abrir mão do que acreditam, do que almejam.

Não quero que sejam seres humanos encaixotados como a maioria dos que vemos hoje, com respostas prontas de livros de auto-ajuda, sem visão crítica sobre suas próprias vidas, sem a iniciativa e a capacidade de agir, sem objetivos definidos, metas a serem cumpridas e com medo de se exporem, de tomarem risco, de perderem.

A cor de vida está no risco, está em se jogar sem uma rede de proteção (se jogar com rede, qualquer idiota faz). E a iniciativa está em se jogar e largar o passado no lugar dele, para trás. E isto, preciso ensiná-los. Preciso ensiná-los a levantar rápido, pois certamente vão cair. Cair faz parte. Ficar no chão, se lamentando, não. Errar faz parte. Não errar porque não fez, e dar um monte de desculpas de porque não fez, é coisa de looser e também não faz parte.

Quem chega em primeiro nunca sabe porque ganhou. Mas os outros, sempre tem uma ótima explicação sobre porque perderam. Vou ensiná-los a não darem explicações. Explicar não serve para nada. Só para o ego. E ego, não serve para nada.

Competitivo eu ? Sim, sou. E não luto mais contra isto. Sou assim porque gosto de ganhar. Acho que a sensação de quem ganha é a mesma de sexo bem feito; só que mais prolongada. E por isto, gosto mais disso do que qualquer outra coisa que exista nesta mundo. Adoro ganhar, adoro a preparação intensa antes e do resultado depois. Não gosto de comemorar a vitória, porque se ganhei, já foi. É passado. Me mandem o próximo desafio !! hahaha .. que louco !!!

Bem, preciso também ensiná-los e não serem influenciados por pessoas menores, más, de espírito ruim que certamente passarão pelas suas vidas.

Tenho muito trabalho a fazer e vou fazer do jeito certo. Não mais ou menos, nem de forma egoísta como fazem com muita gente. Talvez não seja o melhor pai, estou ciente disto, mas serei o melhor guia. Já estou sendo, começando pelo exemplo que estou dando, e isto só vai se intensificar.

O ano foi muito bom profissionalmente e atingimos mais do que nos propomos. O que me deixa mais do que satisfeito: me deixa com um sentimento que adoro, um sentimento duradouro, perene, de realização, de “falei que ia fazer, e FIZ”. E isto é o que me motiva e o que leva para o próximo ano. Em ambos os negócios.

Li uma frase ontem a noite de Charlie Munger que dizia que a diferença entre bons e maus negócios é que nos bons todas as decsiões são fáceis, óbvias e naturais, enquanto que em maus negócios, todas as decisões são difíceis, exigem cortes e perdas.

Acredito que nossos negócios, por esta definição sejam bons. Tivemos várias decisões importantes, mas todas geraram bons frutos e crescimento. Contratamos mais gente para dar conta e ganhamos dinheiro. Sim, isto também é importante. Ganhamos dinheiro, pois fomos premiados pela nossa dedicação e inteligência. Às vezes dá certo, ás vezes não. Este ano deu !

Não tenho problema com este assunto e acho que quem tem é porque veio faltando uma peça. Dinheiro é a forma mais justa e objetiva de premiar quem se dedica, quem assume mais riscos, quem é organizado, quem entrega resultados e quem sabe que para ter algumas coisas na vida é preciso abrir mão de outras.

Esta é parte mais difícil, pois ninguém quer abrir mão de nada que conquistou, por menor que seja, por mais insignificante. Mesmo que exista a chance de ter muito mais no futuro. Para viver com completude, não posso ter medo de perder. E não tenho, nem um dia da minha vida. Isto não siginifica que não precise ser diligente e responsável.

Eu não tenho medo. Nunca tive. Se precisar, realmente precisar, volto e começo tudo de novo. Com o mesmo gás e a mesma pegada. É isto que me define, a pegada. É disso que as empresas precisam e com este tipo de postura que damos exemplo para os que estão vindo. Tem que ter pegada e ser honesto com você mesmo. Enganar os outros já é um horror, mas enganar você mesmo, é atraso de vida. Se tiver que morrer no processo, que seja e esteja preparado.

Sim, eu sei que quem rouba também acaba premiado, mas não é por este lado que penso, afinal roubar não é GANHAR dinheiro. É ROUBAR dinheiro.

Então, dito isto, acho que por enquanto não vou precisar recomeçar do zero. Apesar de que estamos abrindo 3 negócios novos para 2011: uma securitizadora, uma nova gestora de recursos (que nem é um novo negócio, é só uma reorganização) e uma empresa focada somente em investimentos privados.

É … para falar a verdade, o ano de 2011 será um grande desafio de novo para gente, pois precisaremos entregar o que estamos nos propondo. E eu não gosto de não entregar o que me propus.

Tem outra coisa que eu percebi hoje e preciso mudar para 2011: estou muito alocado em renda fixa. Com a gravidez e nascimento do Theo acabei ficando mais “cuzão” e todo dinheiro novo que ganhei acabei colocando em renda fixa. Isto não sou eu. Eu sou mais agressivo e quero aplicar em coisas mais agressivas, que tenham volatilidade de homem, não aquelas porcarias de multimercado que dão 110% do CDI.

Bem, é isto. Vamos andando, com cautela, mas sem parar. Tenho muita coisa ainda fazer e muito a entregar. Depois deste texto até fiquei mais empolgado. Parece terapia. Quando a gente se escuta falando, as coisas ficam mais claras. O poder da compilação verbal deixa idéias dispersas de um jeito que possamos entendê-las.

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