sábado, 7 de agosto de 2010

A praga de quem não fala português direito

Dizem que sou chato. Chamam-me de professor Pasquale. Mas sendo o mais honesto possível existem poucas coisas mais irritantes do que ter que ouvir alguém falando português errado.

É meu hábito corrigir as pessoas que estão ao meu lado e claro, as conheço. Acho uma atitude de carinho, de consideração, poder ajudar alguém que você gosta a não passar vergonha ou precisar se explicar. A função profissional que ocupamos torna qualquer tipo de erro falado ou escrito proporcionalmente pior de acordo com a relevância do cargo.

Não é toa que tomo tanto cuidado para escrever emails. Duros, como sei que os faço, mas sempre sem nenhum erro de português. Esta semana cometi a indelicadeza de corrigir o português de um email que meu primo me mandou. Gosto tanto dele e somos tão próximos que achei pertinente uma correção. Ambas que fiz estão na Veja desta semana. 

Na minha profissional, toda a vez que preciso ler um texto e analisar seu conteúdo preciso fazê-lo duas vezes; a primeira para corrigir os erros e analisar as concordãncias; e depois, para analisar o conteúdo de fato.

Por que estou escrevendo tudo isto ?

Porque achei excelente a matéria da Veja desta semana sobre erros e acertos da nossa língua. Melhor ainda os exemplos usados: candidatos a presidência do nosso país.

Dilma, independente de sua visão política, é um horror em termos linguísticos. Assassina o português sem pestanejar e erra em todas as classes possíveis: verbos, concordâncias nominas e verbais e todas as figuras de linguagem. Dilma, quando termina, nos pegamos pensando: “do que ela tá falando ? O que ela quis dizer ?”

Serra é melhor, mas precisa urgentemente de um curso de negociação. O problema dele não é o uso das palavras, mas a falta de estratégia, de objetivos claros nas proposições e respostas. Digamos que Serra tem problemas com a construção dos diálogos, seus objetivos e motivos. Ele fala, fala e no final nos pegamos pensando “e daí ? Qual o ponto ?”

Marina Silva deixou clara sua posição de “coitadinha do palanque”. No caso dela, além dos dois problemas anteriores, claro, em graus diferentes, ainda tem a questão do impostação de voz. Depois de ouvirmos Marina temos pensamentos como “fala como homem, mulher !!” e “como um presidente com esta vozinha de taquara pode requerer com seriedade e respeito de outras pessoas e países ?”

Vamos ver o próximo debate. Estou ansioso.

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