segunda-feira, 5 de outubro de 2009

E o Rio de Janeiro sediará a Olimpiada de 2016

23 Não contentes em sediar uma copa do mundo, ainda nos deram a responsabilidade de uma Olimpiada. Certamente estes estrangeiros não tem noção do que eles fizeram.

E também não andaram o suficiente pelo Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa, onde o taxista quando vc chega no aeroporto pergunta “com emoção ou sem emoção, doutor” … que significa, pela linha amarela tomando tiro ou pelo centro da cidade num puta trânsito, mas pelo menos sem morrer baleado.

Também não devem ter chegado pelo aeroporto do Galeão, pois todos os estrangeiros que chegarão por lá conhecerão o Brasil pelo mal cheiro nojento das docas, pelo prédio destruído e igualmente nojento da melhor faculdade do RJ, carinhosamente apelidada de “fundão” e a maravilhosa Favela da Maré. Também conhecida como “Comunidade da Maré”. Uma entrada triunfante.

Andaram pouco também pela orla da cidade pois não viram o lixo flutuando na Baía da Guanabara e na Lagoa Rodrigo de Freitas. Também não perceberam que toda a orla carioca é esmagada em direção a praia pelas favelas, várias, uma seguida da outra, em sequência até a Rocinha, em São Conrado, onde apartamentos de 300m2 dão de frente para esta nojeira de morro entupido de nego - “mas são seres humanos, não tem bandido lá !!!” - . Os cariocas que moram lá ainda falam que é bem legal à noite, pois tem um monte de luzinha. 24 Hahahahaha.

A Barra da Tijuca, sede de todo o complexo, é de um mal gosto arquitetônico ímpar, pouco visto em outro lugar do mundo. A maior quantidade de shopping por km2 que eu já vi na vida e todos nojentos, sem especificação adequada, com a galera parando em qualquer lugar e atrapalhando o trânsito. Tem até de Estátua da Liberdade à prédios de escritório da Cyrela do nível do Plaza Iguatemi.

Realmente o Brasil está na moda. Somente um grupo de estrangeiros tapados para escolher a nojeira do Rio de Janeiro para ser sede uma Olimpiada. Pensei também que fizeram isto como lição, para ver se até 2016 damos um jeito nela.

Vamos ser honestos: a cidade não existe. Toda vez que vou para lá me sinto dentro do filme Fuga de NY, com o Kurt Russel. Era isto que deviam fazer inclusive: murar a volta toda da cidade e transformá-la inteira em um presídio a céu aberto, pois para mim é isto que o Rio de Janeiro é. Uma terra sem lei, um antro de ladrões no meio de pessoas do bem que precisam conviver com tiros passando de um lado pro outro, matando crianças no colo dos pais e arrastões nos túneis, nas praias e nas vias expressas. É uma guerra a céu aberto entre traficantes acontecendo no meio do Leblon, Copacabana e Ipanema. O Rio de Janeiro não existe. Péssima idéia fazer a Olimpiada lá.

Por sinal, vale ler o texto da Veja desta semana do Diogo Mainardi falando sobre o mesmo tema e ainda colocando como figura central o expoente da cena carioca atual, Eike Batista. O bilionário mais fradulento que já existiu. Com suas empresas faturando menos que uma padaria e o caixa cheio de dinheiro de investidores trouxas, seu restaurante chinês que serve costela de porco, sua frota de um barco só e suas benesses para os políticos que lhe fazem favores por baixo dos panos.

34Eike Batista é o Rio de Janeiro. A fraude personalizada e institucionalizada. Enraziada na forma de viver e ver o mundo. O esteriótipo do jeitinho, do malandrão que no final do dia, depois de se mostrar bastante, volta para seu barraco no meio favela e dorme no meio dos ratos achando que “se deu bem”. A fraude exposta ao máximo, com promessas alucinadas, lorotas e muito marketing vazio. Este é o Rio de Janeiro. Este é o Eike Batista. E desta maneira que a Olimpiada vai ser. Só que desta vez, será mostrada para o mundo todo. Talvez seja Justiça Divina.

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