domingo, 26 de outubro de 2008

Períodos difíceis


Estamos passando por um momento complicado. A crise se aprofunda a olhos vistos devido a insegurança de que a crise não será somente resolvida com a maciça injeção de capital nos bancos. A questão agora é que resolvido o problema maior de insolvência, que certamente traria uma revolução em todo o sistema com consequência de muito longo prazo, o cerne concentra-se na recessão que está se formando em todo o mundo desenvolvido.

Estados Unidos e Europa são sem dúvida os maiores consumidores de quase tudo que se industrializa. O fato de eles reduzirem o ímpeto por este tipo de consumo tem uma força próxima a de uma tsunami nos mercados emergentes e neles próprios. Crédito, produção, investimentos caem, empregos, renda e consumo vão logo atrás. O final da história conhecemos como recessão ao mesmo tempo que uma inflação galopante pois os juros estarão baixos tentando evitar a própria recessão. Podemos sim entrar em um ambiente de recessão e inflação ou seja, o terror dos economistas e com uma força enorme de destruição de riqueza.

Não acredito nisto. Apesar de achar provável que algo do gênero mas com força exponencialmente menor já esteja acontecendo. Vale lembrar que o mercado financeiro antecipa crises e por isto, por mais apertada que seja, existem muitas empresas e ações que já estão com seus preços ajustados a este cenário. Não acho que seja razoável empresas bem geridas e em setores promissores, crescendo 30% ao ano desde 2004 estarem valendo 1x seu lucro operacional. E este não é um caso isolado, pois existem várias ações na bolsa de valores de São Paulo com estas características.

A maior verdade de todas: "seja ganancioso quando todos estão temerosos e seja medroso, quando todos estão comprando desesperadamente". Dele mesmo ... do velhinho ... Warren Buffet.

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