Restaurante: La Marie

Neste domingo fui ao um bom restaurante que está começando a ser falado. Chama-se La Marie. Fica na Rua Francisco Leitão, bem quase na esquina com a Rua dos Pinheiros, ao lado de um restaurante japonês e do Pizza Hut. Está lá há 3 anos e nunca havia notado.


Bem parecido a um destes bistrôs franceses acolhedores que achamos aos montes na Europa. Se eu por acaso fosse ter um restaurante seria mais ou menos com este estilo: poucas mesas, acolhedor, bem iluminado e com uma comida bem honesta, tanto no preço, quanto nas porções.

Tomei um vinho branco Pato, português. Nada muito fantástico, mas a um preço ótimo e um bom vinho para um domingo qualquer. Sei que 95% das pessoas gostam de vinho tinto, mas às vezes, um branco gelado é uma boa pedida para um dia cinza como foi hoje. É mais doce e, pelo menos no meu caso, melhora meu humor !! rsrs

A cozinha fica logo na entrada visível através de 2 vidros e por isto, podemos ver todos lá dentro preparando os pratos. Mesmo no domingo, dia normalmente cheio para restaurantes, estava bem tranquilo. Quase vazio. Não deveria, como disse, tem uma comida bem honesta a um custo ótimo. Falta uma assessoria de imprensa. É incrível como estas casas não dão valor a este tipo de serviço tão barato com um retorno tão bom. Deixar o lugar mais famosinho é ótimo para o ego do dono e para o negócio.

Existem detalhes que para uma casa de primeiro nível não podemos deixar passar. Louça trincada servida com couvert, e mesmo no prato principal, é uma delas. O logo da casa no prato meio apagado também denota um pouco de descaso com detalhes. A cadeira de veludo também estava um pouco suja. Não sei se de velhice ou falta de limpeza, mas convenhamos que um restaurante pequeno não pode ter isto. Um bom exemplo é o Charlô ... impecável em todos os detalhes. Não estou comparando, mas seria um belo caso para ser olhado.

A comida é uma boa surpresa. Bem servida e com um detalhe de elegância impagável. Pedi um steak tartar e o mètre perguntou se seria mais ou menos apimentado. Antes de servir trouxe-me 2 torradas com o uma amostra do prato para prová-lo. Muito elegante e me conquistou.

Sei que carne costuma seguir vinho tinto, mas não gosto muito destas regras. Comi o tartar com o vinho branco e foi delicioso. Muito leve e bem temperado, não é tão bom quanto o do Le Vin, mas certamente volto lá para comê-lo mais uma vez. É difícil fazer este prato. Carne crua temperada não é um prato trivial por aqui e é dificíl acertar o ponto. A minha hoje estava muito boa.

No couvert, pães quentes envoltos em papel celofane ou manteiga, não sei direito, dão um certo charme à entrada. Os acompanhamentos para o pão são simples e podem ser melhorados tanto em termos de apresentação quanto de gosto. Algo forte de entrada combina bem com este tipo de culinária.