É um filme lento, terminei de ver agora e ficou em casa por algumas semanas. Vi hoje com mais calma e é uma excelente película. Sem ação, mas muito rica em detalhes, olhares, fotografia, trejeitos e condições que definiram o futuro de Gabrielle, também conhecida por Coco Channel.
Por que este apelido ? Porque veio do seu pai, que a acordava toda a manha com um sonoro cocoricó !!!
Para quem não sabe foi Channel que pela primeira vez usou o “pretinho básico” (-- porque é a única cor que ressalta os olhos) e as roupas femininas sem rococó. Parece algo natural hoje, mas na época dela era algo inconcebível. Espartilhos, apertos, vestidos com cores reluzentes e muita transparência branca, rosa e azul bebê eram o que todas as mulheres usavam. Era de fato um sofrimento. No filme dá para ver muito bem.
A Maison Channel começou com uma “fabricante” de chapéus artesanal e teve um investidor quando começou. Channel não tinha nenhum dinheiro. Talento e dinheiro já naquela época se juntavam. É incrível como no Brasil este hábito não é disseminado.
Como uma pessoa diferente, não é de se estranhar que sua vida tenha sido diferente também. E é isto que o filme magnificamente mostra. Afinal, mulheres naquele época não trabalhavam. Casavam, as que tinham sorte. As que sobravam viravam amantes sustentadas pelos maridos das que casavam.
Coco não foi nem uma nem outra. Morreu em um domingo de 1971, em sua casa, solteira, pois nunca se casou. Dia que não trabalhava. Dia que achava ser o pior da semana por causa disto.
Ah! Audrey Tatou está magnífica no papel
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