São 2:40 da manhã. Claro que depois do que aconteceu hoje não vou conseguir dormir. Entrei então no Telecine Cult e estava começando o filme acima. De fato o primeiro filme que lançou Christian Bale no cinema. Hoje, para quem não se lembra, ele é o Batman.
É uma obra de arte. A paródia macabra sobre as pessoas de mercado financeiro, seus excessos e suas frivolidades torna-o transgressor de limites tocando um tema muito pouco explorado em filmes de Hollywood.
Para quem não o viu, merece ser visto. Não como um filme de suspense mas um paródia bem feita e muito bem escrita sobre como o dinheiro, a falta de cultura e objetivos claros pode transformar qualquer um em um idiota completo ou … no limite, em um assassino em série. Claro que existem exageros. Mas é exatamente sobre isto que este filme fala: limites.
Nosso amigo tema do filme (Patrick Bateman) atinge a borda e ultrapassa os limites, mas de uma forma quase cômica. Ele tira sarro dele mesmo, de suas preocupações e dos amigos vazios que possui. O limite de sua imbecilidade é a percepção de que ele é um imbecil completo. Daí para virar um serial killer é um passo.
Existem cenas que deveriam entrar para a história, como a dele e dos amigos comparando a textura, cor e tipografia dos cartões de visita e sentindo-se humilhados pela qualidade do cartão de um outro amigo. Hilário. Se não fosse trágico.
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