Depois de uma semana de férias, segunda-feira voltei ao trabalho. Poderia ter escrito um monte sobre esta semana passada, mas acho que não vale o esforço.
Tentarei ser sucinto, para não ser chato: gostei de ficar com minha família, mas não gostei do lugar. Tenho muitas críticas sobre o Praia do Forte ECORESORT, que mais tarde, quando estiver mais a fim de me lamentar sobre as mazelas de escolhas mal feitas contarei.
Agora estou vendo pela segunda vez BATMAN - O Cavaleiro das Trevas.
Um filme de criança ? Só para quem não tem a capacidade de entender que é um dos filmes mais adultos dos últimos tempos. Um tratado curto, direto e grosso sobre o cerne da maldade humana e como ela não pode ser contida.
Christopher Nolan, diretor do filme, fez um ótimo trabalho, de adulto, maduro. Poderia ter sido mais estóico quanto a dicotomia entre o Batman e o Coringa, deixando-os menos bipolares, mais semelhantes.
Eles de fato deviam ser iguais, sem limites, perturbados e violentos. Digamos que poderiam ser opostos pelo vértice em um único só ponto: a crença em uma natureza humana má ou boa. E é disso que fala o filme.
A incapacidade do Batman em não machucar fortemente o Coringa distanciou-os e fez o filme ficar pior do que deveria. Mas continua sendo uma ótima película (hahahaha).
Não pela violência gratuita, mas pela oposição de princípios. Só um louco para lidar com outro. Só o mal para lidar com o mal. O bem só vence o mal puro e livre da moral nos filmes de Hollywood.
O Mal puro é insano, anárquico, caótico, sem lógica e sem regras. A bondade sempre possui regras, ética e princípios. É um estilingue moral contra um canhão amoral.
A transformação psicológica de Harvey Dent é incrívelmente real -- claro, sem as pirotecnias do filme -- pois sim, o melhor dos homens pode sim ser corrompido pelo mal. Vemos isto todos os dias.
É um filme que vai além das histórias em quadrinho e questiona a Natureza Humana. Vale ser visto muitas e muitas vezes ....
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