Acabei de voltar do cinema. Fui ver o filme francês Medos Privados em Lugares Públicos, supostamente ganhador que alguns prêmios, dirigido pelo também francês Alain Resnais (de Amores Parisienses). Está passando somente em um cinema hoje em São Paulo, em uma asessão por dia: HSBC Belas Artes
Eu não lembrava que outro filme tinha visto com os mesmos atores, mas quando confirmei que foi Amores Parisienses, se ainda estivesse na sala de cinema teria saído no meio do filme. São os mesmos atores, pois o diretor não se deu ao luxo de fazer um casting diferente. É uma cantoria só ... uma chatice. Mas não lembrei disto quando comprei o ingresso de MPLP.
Neste não há cantorias, mas é tão ou mais chato que o primeiro. Um filme francês com pouca música, muito bla-bla-bla sem objetivo claro entre os personagens e, definitivamente, um filme que não agrega nada a ninguém - a não ser sabermos que as pessoas são sozinhas neste mundo, no caso do filme, em Paris. E DAI ?
Se ao invés de 2h o filme tivesse 5h, ia dar no mesmo. Sem conclusão, sem um fim (qualquer que fosse) e sem nenhuma mensagem mais profunda.
O tema é bem básico e raso sobre pessoas que possuem duas vidas bem diferentes: uma que todos conhecem e outra escondida entre livros, INSEGURANÇAS, balcões de bar, Biblias e profissões enfadonhas. E daí ? Este tema é mais velho que andar para frente.
Qual a novidade ? Como está em uma crítica que li: "Baseado em peça teatral de Alan Ayckbourn, o filme acompanha seis personagens que vivem solitariamente em Paris. Mas é uma solidão mais conceitual". Meio conceitual para mim é sinônimo de sem sentido prático.
A novidade seria se esta situação desembocasse em outra, que gerasse algum tipo de mudança, lição, forma de ver a vida de um jeito que não estamos acostumados .. sei lá .. qualquer coisa. Mas não ! O filme começa e termina do mesmo jeito que começou. Sem nada que valha pelo menos o ingresso.
Uma história rasa, com gente mala .... é, mala ... pois precisavam melhorar muito para serem chatos; inseguros, solitários e que tem uma vida dupla. Mais uma vez: E DAÍ ?
O filme se passa em Paris, mas se se passasse na coxia de um teatro abandonado dava no mesmo. A beleza da cidade nunca aparece. Passa em um período de neve e por isto, todos os personagens ficam entrando e saindo de ambientes, sempre com aquela crosta de "caspa" nos casacos. Mas o clima não influência a solidão delas e nem dá nem um tipo de contextualização ao filme. Se fosse no verão do deserto do Saara, ia dar no mesmo, mas ao invés de "caspa" ia ter "pizza embaixo do braço".
E é isto .... não tem nada, não mostra nada e a história é mais rasa que um gibi do Cebolinha (que pelo menos tem planos que não dão certo). Um horror !!!! Devia ter saído de cartaz há muito tempo.
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